sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Mais na família


Como você sabe, leitor, estou casado.

Chama-se Rafael e estamos há um ano juntos.

Neste tempo - acredito - estamos maduros suficientes para aumentar a família. Daí, resolvemos adotar.

Não é nenhum episódio de Modern Family - lindos, por sinal - mas somos uma família moderna. Eu, Rafa, e ela, nossa linda cachorrinha cokspen (a foto é ilustrativa) – ainda não tem nome.

O Rafael vai buscá-la hoje à noite e, aí, decidiremos.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

De volta

Voltei.

Tinha parado de escrever porque, para mim à época, ter um namorado significava não fazer sentido escrever num blog cujo título é A Procura.
Bobagem.
A gente vive à procura de algo. É do ser humano.






Então, resolvi voltar.


Tantas coisas aconteceram. Namorei, terminei, namorei, terminei – hoje estou com um carinha superespecial. Lindinho demais. Um amor.



Aliás, amar é outra coisa tipicamente humana.

A gente ama, sofre, quebra a cara, diz, “ok! Aprendi.”, mas depois, quebra a cara de novo. Aliás, sou dos que acreditam ser importante quebrar a cara quantas vezes forem necessárias.

Aos poucos, vou atualizar você, leitor, do que tem rolado na minha vida.






As fotos deste post são do livro "Dieux du Stade: Gods of Stadium", de Tony Duran, lançado há alguns meses para venda na internet e que acaba de chegar ao mercado de livrarias na Europa.

São 128 páginas e dezenas de imagens “bafo”.


Quer comprar, no Amazon.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Retorno: a saudade falou mais alto


Era para ser diferente. Não nos encontraríamos dali para frente. Por mais que nos doesse a decisão, era a única sensata --pelo menos nos parecera. A ideia era que não alimentássemos um sentimento que tinha data de validade. Para que sofrer, não é? Já que tudo que sentimos fora tão intenso, tínhamos de acabar com aquilo assim. Como um amor de carnaval, digo, amor de verão.

Sábado, 15h, Praia da Vila, Quiosque 4, Saquarema --RJ. Só bebo destilada, não gosto de chope, nem cerveja. Então, bebendo a supertranquila Ice, em frente a um quiosque gayfriendly, o celular toca.

“Oi”, disse-me no outro lado da linha.
“Oi!”, respondi.
“Tudo bem? Onde você está?”
“Em Saquarema”, respondi.
“A trabalho?”
“Não. Vim com uns amigos”.
“Senti saudades, por isso liguei”, confidenciou-me.
“Eu também sinto muita saudade”. Quase pedi que nos víssemos novamente, mas segurei.

Silêncio.
“Então tá, nos falamos depois”, quebrou o silêncio.
“Isso. Nos vemos quando eu voltar”.


Acabou comigo. Terminei a garrafinha de Ice e caminhei até um morro que invade o mar e de onde dá vista para as duas praias de Saquarema. De um lado, a Praia da Vila; do outro, a de Itaúna... menos popular. Vi o pôr do sol de lá. É simplesmente lindo. Impossível narrar. A gente percebe como somos pequenos diante do mundo... Não queria dizer, mas a verdade é: aquela ligação fez com que o fim de semana acabasse não sendo um grande fim de semana. Mas foi bacana, ainda sim.

Segunda, 20h, academia, Rio de Janeiro.

“E aí, como foi Saquarema?”, perguntou-me.
“Tranquilo. E o seu fim de semana, como foi?”
“Bom também. Posso ir para a sua casa hoje?”, mandou na lata.
“Eu adoraria!”.


Depois da academia, fomos para a minha casa. Não precisa dizer que começamos a nos beijar assim que a porta fechou atrás de nós. Estendemos até o banheiro, depois para cozinha, fomos para a sala e, por último, o quarto. Uma loucura. Sentia muita saudade. Ele também. Percebi pela forma com que me pegava, me beija, passava a mão em mim, me apertava.

“E isso vai acabar...”, pensei. “Quer parar de ficar pensando nisso? Tudo acaba na vida. Que mania de estragar as coisas?!”, reclamei comigo.

No quarto, já deitados, sua mão passeava sobre todo o meu corpo. Estávamos de cuecas. Sua língua vagarosamente deslizava pelo meu rosto, a descer pelo queixo, pelo pescoço, peito, abdome... A frequência das batidas do meu coração aumentava, minha respiração acelerava.

“Sobe, sobe... me deixa fazer em você”, implorei.

Comecei a beijá-lo. E, como bom aluno, a repetir os procedimentos. Arranquei-o a cueca. Estávamos nus, um do e para outro. Mesmo assim, a sua mão não parava. Até que, rapidamente, ele me virou. Deitado sobre mim, perguntou: “E aí, hoje quer que seja você?”

“Se você quiser...”, respondi não querendo muito, mas disposto a encarar se fosse o caso.
“Você vai ter coragem?”, desafiou.
“Vou. Mas vai de vagar, para não doer tanto”, bem donzela (rio, enquanto escrevo).
“Não, não quero. Quero que você esteja dentro de mim...”, pediu.

Esperando um ao outro, gozamos juntos. Nos abraçamos... quis perguntar “como será daqui pra frente”, mas preferi deixar para lá. Às vezes, as palavras estragam o momento, atrapalham o clima e o silêncio --como aquele, em que estávamos abraçados-- dizem muito mais. Percebi que nosso corpo se comunicava, conversava, namorava, sem que fosse necessário verbalizar nada. E assim dormimos. Não sei como serão os dias seguintes. Das manhãs depois dali. Apenas o futuro dirá.


Não nos encontramos mais.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Retorno: ainda à procura

Verão. Suor, música, músculos, corpos sarados, hormônios. E assim cheguei à academia.

Não conhecia muito bem nada, sequer consegui no primeiro dia encontrar o meu lugar no armário. Até que sai do chuveiro uma bela-imagem. Paro alguns segundos para degustar o que vejo, mas logo percebo que estou dando pinta.

“Cara, pode me ajudar a encontrar o número S11?”, comecei.
“Claro!”, me respondeu, super-prestativo.
“Na verdade, cara, não fica aqui no banheiro este número. Fica lá em cima”, explicou.


No dia seguinte, lá estava ele. Vi, mas fingi que não vi. Até que o rapaz, a bela-imagem, veio até a mim.

“Oi! Vim só falar com você”, cumprimentou.

Os cumprimentos se repetiram até que eu me tocasse que poderia tentar o próximo passo. Mas quando tive coragem, ele sumiu.

Já estava triste por ter deixado a figura sair por entre meus dedos, até que...

“Apareceu, hein?! Você sumiu ou fui eu quem sumiu?”, perguntei.
“Foi você. Eu vim em horários alternativos, mas dei umas passadas aqui e não vi você”, se entregou.
“Me dá o seu MSN?”, joguei.
“Claro”.


Depois de malhar, trocamos o MSN. Mas isso era pouco para mim. Deixei também meu celular.

“Então, amanhã quando eu vier malhar, ligo pra gente vir junto”, disse ele.

“Claro”, alguém acha que eu diria “não”?!

No dia seguinte, já fomos ao cinema e nos pegamos nos estacionamento do Rio-Sul, o shopping mais gayfriendly da cidade. Era sábado.

No domingo, ele foi até a minha casa. Dormimos juntos, quer dizer, ficamos juntos, porque dormir mesmo, nada.

Simplesmente maravilhosa, a noite. Depois de muitos beijos, amassos, linguadas, chupadas etc., apaixonei-me pelos olhinhos dele me observando enquanto eu o penetrava. Mais: a boquinha, a língua passando por entre os lábios enquanto me sentia dentro dele. Nos apaixonamos.

Repetimos a dose algumas vezes. Sempre com a mesma qualidade e sempre acabados no dia seguinte. Mas o mundo não pode ser perfeito.

Quando nos conhecemos, ele já estava com a viagem marcada para a Espanha. Um amor com data de validade.

Foi ótimo. Aliás, ainda estou triste. Mas viajo no fim de semana.Vou a Saquarema para amenizar minhas tristezas.

Foi mal o sumiço, mas eu volto.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

16% dos iranianos já fizeram sexo gay


Levantamento do sociólogo Parvaneh Abdul Maleki da universidade iraniana tem causado estranhamento no país. Segundo a pesquisa, 16% dos homens já tiveram ao menos uma experiência homossexual na vida. A percentagem é maior entre as mulheres (24%).


No Iran, as leis proibem sexo fora do casamento, masturbação, adultério e sexo gay, que são punidos com pena de morte.

Apresentadas por Maleki durante uma conferência, as informações foram amplamente divulgados pela imprensa iraniana.
OUTRO DADOS - O levantamento revelou ainda que 75% dos que nasceram em famílias conservadoras religiosas assistiam a vídeos pornográficos e que 86% dos heterosssexuais fazem sexo fora casamento. Apenas 4% disseram ter relacionamento gay ou lésbico.


Grupos de defesa dos direitos humanos denunciam que entre três mil e quatro mil pessoas foram mortas em execuções públicas com base na lei da Sharia por crime de homossexualidade.

BUBLLE - As imagens são do filme Bubble, lançado em 2006. Com orçamento de US$ 1,5 milhão, direção de Eytas Fox, que também dividiu o roteiro com Gal Uchovsky, o longa narra a história do vendedor de discos Noam (Ohad Knoller), o gerente de um café Yelli (Alon Friedman) e a vendedora de cosméticos Lulu (Daniela Virtzer).
"Sério, tocante,
inteligente e humano" são as palavras mais usadas por críticos para
defini-lo.


O trio divide um apartamento em um bairro descolado de Tel Aviv, o símbolo da "bolha" (que dá nome ao filme), apelido dado à cidade.

Os três levam uma vida comum, sem se preocupar com os conflitos políticos que agitam o país, até Noam se apaixonar por Ashraf (Yousef "Joe" Sweid), um palestino que conheceu após um acidente no posto de controle de Naplouse.


Atual, o filme toca em questões como Israel e Palestina (de forma irônica, já que há um amor --gay-- entre um israelense e um palestino); o fato de como as pessoas se acostumam com o terror de uma guerra constante entre Israel e vizinhos árabes e palestinos e a suposta alienção de jovens da região... principalmente em Tel Aviv.
[Assista ao trailer]


quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Será que ele é?


Após um belo selinho na piscina, Milena e Priscila se disseram "desconfiadas" da heterossexualidade de Emanuel (foto).

Elas estão usando "todas as armas" para conquistar o catarinense, mas o rapaz se esquiva.

Apesar de dizer que é casado, Milena e Priscila não desistem de Emanuel, que não dá a menor bola.

Lindo ele é.
Apesar de afirmar ser casado, o brother mora com os pais, em São Bento do Sul (SC).
Desde seis anos, Emanuel Tiago Milchevski pratica natação e, como atleta, já morou em várias cidades e colencia medalhas.
"Gosto de viver a vida como ela é, sendo ela ruim ou boa, pois sabemos que existem muitos obstáculos a serem ultrapassados a cada dia”, contou durante entrevista antes do reality show.
Emanuel tem um filho de um ano e seis meses, que mora em Curitiba.

Pinto da Luz, o namorado de Madonna, deixa o Brasil



É claro que isto não demoraria a acontecer.

Eis que Jesus Pinto da Luz --sim, é esse o nome dele-- deixou o Brasil. O modelo se mudou para os Estados Unidos.

A mudança ocorreu na quarta-feira, 21/1, motivo pelo qual, segundo a agência do moço, não desfilou na São Paulo Fashion Week.



Houve quem dissesse que o motivo verdadeiro foi o cachê, considerado baixo: R$ 300 mil.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Assista ao trailer em que Rodrigo Santoro é gay

Está na internet o trailer de I love You Phillip Morris, em que Jim Carrey vive um ex-pastor que se descobre gay, após um acidente.

Ao assumir a sexualidade, Carrey larga família, emprego e passa a viver uma vida de glamour. Mas para se manter, começa a roubar.

Antes de ser preso, encontra Rodrigo Santoro, seu primeiro namorado. Mas é na prisão que Jim Carrey encontra Ewan Mcgregor (Phillip Morris), personagem-tema do filme.

Tem cena de beijo.

Assista ao trailer.




Após a exibição do filme no Festival de Sandance, Carrey disse ser "um sonho realizado" ter beijado McGregor. "Olhem para este cara!", brincou com os jornalistas.

Ewan McGregor considerou ser a experiência como viver "qualquer outro tipo de homem, qualquer outro tipo de personagem".

O filme chega ao Brasil no fim de março.

Triângulo amoroso ganha a grade da Globo


O especial Alice, exibido em dezembro pela TV Globo, vai voltar em pelo menos quatro episódios.

Com texto de Mauro Wilson, direção do Guel Arraes, as histórias se passam via relação de Maria Flor, Pedro Neschling e Bernardo Marinho.

Ela adora sexo. Eles também. Cada qual com suas especificidades na cama. Mas, ao contrário do que possa parecer, os três sequer se beijam em cena, ficam só sugestão.
Só de imaginar os dois, fico até com febre. Ainda não há data para a estreia.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Onde está o seu preconceito?

Este vídeo (abaixo) sobre racismo, apesar de não ter a ver com sexualidade, tem a ver com preconceito e pré-conceito, muitas vezes, que estão em nós, como o que foi exposto por El-Jaick, no livro No Presente.

Somos expostos, desde crianças --e o que é pior: reproduzimos inconscientemente-- a uma cultura excludente. Negros, homossexuais, deficientes, mulheres, pobres etc. são as principais vítimas de um tipo ainda mais cruel: a discriminação velada.

Mas “yes, we can!?”. A que preço?

O jornalista Gilberto Dimenstein escreve algo interessante sobre duas pessoas que superaram preconceitos. O primeiro é negro e chegou à Presidência dos Estados Unidos; o segundo, estudante de 13 anos que foi o primeiro colocado na Universidade Federal do Paraná para cursar Química.

Dimenstein fala sobre a perspectiva da educação, mas o que escreve passa por como a discriminação interfere nas relações.

Barack Hussein Obama precisou superar os colegas brancos de Harvard para se habilitar à Presidência (sim, com a ajuda de ações afirmativas); e Guilherme Souza, considerado “marginalzinho”, teve de ir de encontro a tudo que se imaginava sobre ele e provar a que veio.

É cruel!

E o que tem a ver a história de André (adolescente do livro No Presente) com as histórias acima e as destas crianças do vídeo? Tudo. André superou o que pensava ser a única possibilidade correta (homem e mulher), quando na verdade, isto não deveria ser motivo de preocupação; Obama e Souza precisaram romper com a lógica de "marginais"; e estas crianças? De se enxergarem também como modelos de belo, “legais” e “bons”.

A vídeo é do canal americano de notícias MSNBC --emissora mais alinhada à esquerda, politicamente.