quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Para ler: No Presente


A idade é mais ou menos 12 ou 13 anos. É o "bichinha", "boiolinha" ou o "viadinho" da turma. Os carinhas mais chatos, que se acham os mais espertos, adoram humilhá-lo diante de todos. Tem o amiguinho que, desperta nele, além da amizade, outras curiosidades. E a linda coleguinha por quem gostaria de se apaixonar. Não só. Há o medo dos pais descobrirem e se decepcionarem por não ser igual aos outros. Não é fã de matemática. E fica com o pinto duro quando pensa no pinto dos outros.

Fora isso, há os conflitos comuns à maioria dos adolescentes “normais”: separação dos pais, morte de um parente querido, a reivindicação de verdades etc.

Poderia ser a minha história, a sua, a de qualquer um. Mas é a de André, personagem de No Presente, de Márcio el-Jaick, da Edições GLS (R$29,90), braço do Grupo Summus. André representa a transformação de todos nós.

Apesar de ser superdidático, o que pode ser positivo, dependendo de quem lê, El-Jaick consegue passar de forma muito correta pelos medos, incertezas, falta de conhecimento de um garoto que vive a entrada na adolescência e a descoberta da (homo)sexualidade. Pode-se ir além: o autor faz referências aos grandes nomes da arte, música e humanismo sem ser pedante.

No Presente é uma bela leitura, não só para o público GLS. Não rotulável, o românce tem boa serventia à conscientização, à tolerância, mesmo que não tenha sido pretensão explícita de El-Jaick.

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