Nunca fui fã de esportes. Quer dizer, num lugar onde se convencionou chamar de “país do futebol”, realmente, quando se tratava de educação física me sentia um peixe fora d’água. O meu Primário todo teve as aulas de educação física voltadas para o futebol. Até que um dia, na oitava série, sabe-se lá o porquê, trocaram o professor --o novo era técnico de vôlei do Vasco.
Me descobri. Passei a frequentar assiduamente às aulas. Adorei o vôlei. Pela primeira vez, a final, vi que poderia ser bom em algum esporte. E descobri outra coisa melhor ainda: o banho no vestiário (mas isso é outra história). Fora o vôlei, gosto de água. Sempre fiz natação. Para mim, qualquer coisa dentro d’água é ótimo. Mas com uma condição: desde que não esteja gelada.
Nunca fui fã de academia, musculação, gente marombada (já houve até quem me fizesse rever meus conceitos algumas vezes...). Sempre achei, sinceramente, futilidade pura --não sabia o que perdia.
Pois no local onde frequentava as aulas de natação, o aquecedor da piscina quebrou. O pior aconteceu: a água ficou gelada. Não deu mais. Tive de procurar uma academia, enfim.
Ontem, além da aula de dança de salão, fui à avaliação física. Gente, o que foi aquilo!
“Você sobe a escada, bate à porta à direita, por gentileza. Cleberson é o professor que vai avaliar você”, disse a recepcionista.
Subi rápido, as escadas --já estava atrasado para a avaliação.
Bato. Ninguém responde. Insisto. De repente surge diante de mim um verdadeiro deus grego. Olhos verdes. Cabelos curtos, quase loiros. Nariz afilado. Queixo quadrado. Lábios rosas, nem carnudos à Cicarelle, nem finos --eu diria: ao ponto.
E os braços?! Pareciam desenhados. Feitos centímetro a centímetro. A pele supermacia. Os dentes brancos e perfeitos. Gente, lindo! Fiquei embasbacado.
“Vicente?"
“Sim, sou eu”, respondi,
“Atrasado, hein?! Pode entrar. Tira, por favor, a camisa e o tênis.”
“Agora”, pensei. “Tiro até a roupa toda!”
“Atrasado, hein?! Pode entrar. Tira, por favor, a camisa e o tênis.”
“Agora”, pensei. “Tiro até a roupa toda!”
Aí, meu querido, ele sentou ao lado da balança. A bermuda subiu e mostrou os detalhes. Lindos, diga-se.
Depois de ter-me feito subir e descer o estepe por três minutos, fazer dez flexões, não-sei-quantos abdominais, ele pediu que levantasse a bermuda até a virilha. “Nossa!” Queria medir.
Quando ele pôs a mão na minha perna... gente do céu! Subiu (você sabe o quê) na mesma hora! Não parou por aí, queria medir meu abdômen e ver se tinha gordura. Passou a mão, apertou aqui, acolá. Pôs a mão no meu peitoral etc. e tal.
“Você ainda está ofegante. É cansaço?”, perguntou.
O bobinho nem sabia o que era que me estava a tirava o ar.
Por fim, pediu que fosse até outro professor (Rodrigo, o nome dele) para que me preparasse o plano de exercícios. Outro deus! Minha nossa! Passei adorar a academia. Lugar muito bem frequentado, admito.
Amanhã tem mais... O Rodrigo ficou de me auxiliar nos exercícios... mal vejo a hora.
Eu também descobri esse mundo a pouco tempo! uaahahuhuauhahu
ResponderExcluirMas que tem um bando de corpos ambulantes de cabeça oca, tem viu!
Beijao!